Levantamento revela que 4,8 milhões de cães e gatos vivem com famílias abaixo da linha da pobreza no Brasil, reforçando a importância das ONGs e da posse responsável
Um levantamento realizado em novembro de 2024 pelo Instituto Pet Brasil (IPB), em parceria com a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), revelou uma realidade pouco visível, mas alarmante: cerca de 4,8 milhões de cães e gatos vivem em situação de vulnerabilidade no Brasil, acompanhando famílias que estão abaixo da linha da pobreza.
Milhões de cães e gatos vivem em situação de vulnerabilidade no Brasil, ao lado de famílias que lutam para garantir cuidados básicos e dignidade aos animais. Foto: stock.adobe.com
Esses animais pertencem a famílias em condição de pobreza ou são cuidados por pessoas que, mesmo sem moradia fixa, garantem sua alimentação e bem-estar. Do total, 60% são cães e 40% gatos.
Embora o abandono seja uma preocupação crescente, apenas 4,2% desses pets chegam a ONGs e são colocados para adoção, o que evidencia a urgência de ações mais amplas. A posse responsável é um passo fundamental para mudar essa realidade. Ter um pet exige planejamento: alimentação adequada, assistência veterinária e um ambiente seguro são indispensáveis para garantir qualidade de vida aos animais.
Esses animais não são, necessariamente, abandonados. Ao contrário: a pesquisa indica que apenas 4,2% deste total acabam efetivamente em situação de rua, ou seja, cerca de 201 mil animais. O restante permanece junto às famílias, mesmo em condições precárias. Em muitos casos, os tutores fazem o possível para garantir o mínimo de cuidado, mesmo diante da escassez de recursos básicos como alimento e acesso a atendimento veterinário.
Segundo o IPB, Instituto Pet Brasil, 60% dos animais vulneráveis são cães (cerca de 2,88 milhões) e 40% são gatos (1,92 milhão). Grande parte desses pets está concentrada nas regiões mais populosas do país. A maior parte das ONGs e abrigos que atuam na proteção desses animais também se encontra na Região Sudeste (46%), seguida pelo Sul (18%) e pelo Nordeste (17%).
O estudo considera animais domiciliados em famílias de baixa renda, mas que recebem algum nível de cuidado — seja por um tutor fixo ou por comunidades que se organizam para alimentá-los, ainda que de forma informal.
Atualmente, cerca de 400 ONGs no Brasil cuidam de mais de 200 mil cães e gatos resgatados. A maioria dessas instituições funciona exclusivamente com o apoio de doações e enfrenta sérias dificuldades para atender à crescente demanda. Muitas já operam no limite da capacidade de acolhimento, o que reforça a necessidade de medidas preventivas e políticas públicas que combatam o abandono desde a origem.
Um exemplo é a ONG Patinhas Unidas, criada por um grupo de pessoas movidas pelo amor aos animais, a ONG atua no resgate, reabilitação e adoção responsável de cães e gatos abandonados. Desde sua fundação, mais de 800 animais já encontraram um novo lar, graças ao esforço conjunto da equipe e da comunidade que a apoia.
Mas, o impacto da ONG vai além das adoções. Por compreender que a prevenção é tão importante quanto o resgate, a Patinhas Unidas também realiza campanhas de castração e educação sobre posse responsável, além de arrecadar alimentos, medicamentos e insumos essenciais. Essa atuação integrada visa não apenas cuidar dos animais hoje, mas reduzir o ciclo de abandono no futuro.
Sustentada por doações e voluntariado, a Patinhas Unidas ainda se destaca pela forte presença digital, onde compartilha histórias de resgate, campanhas e feiras de adoção, incentivando o engajamento da população. Essa conexão direta com o público tem sido essencial para ampliar a rede de apoio e construir uma corrente de solidariedade em torno da causa animal.
Ainda que o número de animais vulneráveis no Brasil seja alarmante, com cerca de 4,8 milhões de cães e gatos vivendo em condições precárias, existem formas práticas de ajudar e impedir que essa realidade se agrave. Veja como ajudar:
1. Adote com responsabilidade
Adotar um animal transforma vidas, mas precisa ser uma decisão consciente. Antes de levar um pet para casa, avalie se você (e sua família) têm condições de oferecer cuidados, alimentação, atenção e estabilidade. Adoções impulsivas podem resultar em devoluções, o que agrava ainda mais o problema.
2. Doe alimentos e itens de saúde animal
ONGs e protetores independentes precisam de apoio constante. Você pode doar:
3. Seja voluntário(a)
Seu tempo também vale muito. ONGs precisam de ajuda em várias áreas:
4. Compartilhe informações úteis
Muitas famílias não sabem que existem:
5. Fortaleça as redes de apoio
A causa animal também precisa de união e políticas públicas. Você pode:
Ajudar um pet em situação de vulnerabilidade não exige muito. Com pequenos gestos, é possível construir uma sociedade mais empática, onde respeito e cuidado também se estendem a quem não pode pedir por ajuda.
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