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Alergias em cães e gatos? Aprenda a identificar com dicas de uma especialista

Coceira, queda de pelos e lambedura excessiva podem ser sinais de alergia em cães e gatos; especialista explica sintomas, diagnóstico e cuidados essenciais
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Por Redação
22/12/2025 |
13h19

Você já percebeu seu pet se coçando demais, lambendo as patas com frequência ou até apresentando queda de pelos? Esses sinais, muitas vezes confundidos com ansiedade, tédio ou até manias comportamentais, podem indicar um quadro alérgico. É comum, por exemplo, que tutores acreditem que o pet esteja estressado por ficar lambendo ou mordendo as patas, sacudindo a cabeça com frequência ou se esfregando em móveis quando, na verdade, pode estar tentando aliviar o incômodo de uma alergia.

De acordo com a especialista em Dermatologia Animal, Ana Carolina Lima, que atua em empresas especializadas como a Vida Animal e SenseCare, os sintomas em cães geralmente se manifestam nas regiões da face, patas, axilas, virilhas e ouvidos, e podem incluir prurido (coceira intensa), vômitos, diarreia e alterações na pele e na pelagem, como pápulas, pústulas, falhas e queda de pelo.

Já em gatos, a Dermatite Atópica Felina pode se manifestar com sintomas como lesões na região da face e abdômen, além de vômitos e diarreia. No entanto, diferentemente dos cães, os sinais em gatos costumam ser mais sutis e inespecíficos, o que pode dificultar o diagnóstico.

“A alergia em gatos é mais difícil de identificar porque os sintomas nem sempre são claros ou típicos. Muitas vezes, os sinais são confundidos com problemas comportamentais, alimentares ou até estresse”, explica a Dra. Ana Carolina Lima.

A Dermatite Atópica Felina, embora menos conhecida, é uma condição real e exige acompanhamento mais específico. O tratamento inclui controle ambiental, mudanças na dieta, uso de medicamentos e, em alguns casos, imunoterapia. Por isso, é fundamental que qualquer alteração no comportamento, na pele ou nos hábitos do pet seja investigada com atenção por um profissional capacitado.

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Buscar atendimento especializado é a primeira atitude

O primeiro passo a se fazer, quando identificar sintomas de alergia, é procurar um médico veterinário especializado em dermatologia. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhores serão os resultados e a qualidade de vida do animal. “Essa é uma doença crônica, ou seja, o pet vai conviver com ela por toda a vida, por isso o acompanhamento, a observação e o tratamento são fundamentais para essa qualidade de vida do pet”, alerta a especialista.

Tratamentos disponíveis
A medicina veterinária avançou bastante no cuidado com a pele dos pets. Hoje existem diversos tipos de tratamentos, orais e tópicos, que podem ser usados tanto em crises agudas quanto na manutenção da saúde da pele. Entre eles, estão shampoos terapêuticos, hidratantes, mousses, sprays, além da possibilidade de realizar testes alérgicos e até imunoterapia alérgeno-específica.

Histórias de cuidado e superação

Um exemplo de história de superação é a do Fred, um Shih Tzu da tutora Ana Laura, acadêmica de Medicina. Preocupada com a coceira intensa nas patas e as crises frequentes de otite, Ana Laura procurou a Dra. Ana Carolina. Após uma avaliação detalhada, foi iniciado um tratamento com medicamentos tópicos e orais, além da realização de um teste alérgico. Hoje, graças ao acompanhamento especializado, Fred está estável e sem crises agudas. “Apesar de ser uma situação difícil e que exige bastante dedicação, tenho visto progresso no tratamento do Fred”, destaca Ana Laura.

Outro caso emocionante é o de Luzia Marques, aposentada, que dedicou anos ao cuidado de seus dois Malteses, Maik e Max. “Tinha que sair sempre com antialérgico na bolsa, receitado pela médica-veterinária”, relembra. “Bastava uma picada e o focinho ficava inchado. Eles começavam a ter dificuldade para respirar.” Como tinham o focinho curto, qualquer inchaço representava um risco sério.

Mesmo assim, Luzia nunca deixou faltar atenção. “Eu já conhecia os sinais e agia rápido, levava imediatamente à veterinária. Cuidei deles com todo o carinho.”

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Graças a esse cuidado constante, Maik e Max viveram muitos anos com saúde e qualidade de vida ao lado dela. “Eles se foram já idosos, mas a alergia nunca foi um problema. O que não faltou foi amor e dedicação, conta a tutora com emoção.

A prevenção é um ato de amor diário

Estar atento aos primeiros sinais, buscar ajuda especializada e seguir o tratamento com responsabilidade faz toda a diferença. Na maioria dos casos, alergias em cães e gatos não têm cura definitiva, mas com cuidado, dedicação e afeto, é possível controlar os sintomas e garantir qualidade de vida, conforto e muitos anos de convivência feliz ao lado deles.

A Dra. Ana Carolina Lima reforça: “Qualquer alteração na pele, coceira ou mudança na pelagem deve ser avaliada por um especialista. O uso incorreto de medicamentos pode agravar o quadro e causar sofrimento ao animal. Fique atento ao seu pet, a alergia tem tratamento — e a qualidade de vida deles depende do nosso cuidado.”

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