Pet Estadão
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Desafios e cuidados com alimentação de cães idosos

Mudanças fisiológicas exigem adaptações alimentares nos cães idosos, com foco em digestibilidade, palatabilidade e orientação veterinária para manter a saúde
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Por Redação
21/06/2025 |
16h39

Assim como acontece com os seres humanos na terceira idade, os cuidados com a alimentação dos animais idosos também precisam de maior atenção devido às possíveis questões de saúde.

Ao analisar a principal espécie de estimação nos lares brasileiros, os cães, que somam 68 milhões segundo dados de 2022 da Euromonitor, é importante considerar o quadro geral.

Isto porque, de acordo com um estudo coreano sobre digestibilidade de nutrientes relacionada à idade, dependendo do teor de umidade em cães idosos, publicado no Journal of Animal Science and Technology, a digestibilidade da ração, que é a capacidade do animal em utilizar seus nutrientes, em maior ou menor escala, pode afetar a saúde do cão, especialmente de animais idosos. 

Os cães de porte médio, ao atingir os sete anos de idade, começam a entrar na fase senil e, ainda segundo o estudo coreano, a partir desse momento, sempre com acompanhamento do médico veterinário, é recomendado adaptar a alimentação. 

Outros dados desse estudo mostraram que com o envelhecimento, a digestibilidade diminui, e na esteira da idade, vem as limitações decorrentes da perda de dentes, dificultando o consumo de grãos grandes, por exemplo. 

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Em estudos anteriores do Instituto Nacional de Ciência Animal da Coreia, que analisou diferentes raças de cães, a necessidade energética nos cães idosos diminui em aproximadamente 20% em comparação com a de cães adultos. Com o envelhecimento, mudanças fisiológicas e metabólicas, como diminuição da massa corporal magra, resposta imune e atividade enzimática, estão relacionadas a uma capacidade deteriorada de manter as necessidades energéticas.

Por isso, ora por recomendação médica, ora por escolha dos próprios tutores, o principal tipo de alimento oferecido aos idosos é o de consistência úmida, por ser mais fácil de comer, e por proporcionar dietas palatáveis ​​em relação às suas condições físicas e apetite reduzido. 

Para além da alimentação conhecida como “industrializada”, ainda que livre de corantes, transgênicos e conservantes, há ainda opções naturais – ou comida caseira. No entanto, antes de preparar o alimento, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro é enfático: é preciso aconselhamento e orientação veterinária. 

No caso de cães com hipersensibilidade, por exemplo, que pode ser desenvolvida com o avanço da idade deve ser composta, segundo estudo clínico da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Estadual Paulista,  de uma única fonte proteica e uma única fonte de carboidrato. Os ingredientes propostos, no estudo, são carne de cordeiro ou coelho e batata. No entanto, essa dieta é recomendada para o início do manejo dos animais suspeitos como forma de se confirmar o diagnóstico, sendo fornecida por um período de 4 a 8 semanas, não devendo ser empregada a longo prazo por não ser completa e balanceada. 

Somada à alimentação, a qualidade de vida integrativa também deve ser levada em consideração, oferecendo ao cão ambiente saudável, hidratação contínua, acompanhamento com médico veterinário e a compreensão de que, assim como a espécie humana, eles também demandam atenção e compreensão sobre suas limitações. 

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